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As mudanças nos padrões de produção e consumo estão no centro do debate socioambiental desde a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (ECO-92), realizada em 1992, no Rio de Janeiro. Reaproveitamento de água, redução do uso de plástico, ecoeficiência, descarte ecológico dos resíduos, baixa emissão de carbono, são algumas das ações que fazem parte da sustentabilidade corporativa - estratégia de gestão que une crescimento econômico e proteção dos recursos naturais. No entanto, mais de 30 anos depois da ECO-92, o mercado sergipano ainda engatinha quanto à adoção de práticas sustentáveis. 

 

A crescente conscientização fez com que o debate sobre sustentabilidade deixasse de ficar restrito aos ambientalistas e ativistas e se tornasse diferencial de posicionamento de mercado, configurando, em diversas ocasiões, fator determinante na atração de novos investidores, na contratação de um serviço ou mesmo na compra de um produto pelo consumidor final. O estudo “Tendências de consumo online com impacto positivo”, realizado pelo Mercado Livre, aponta que desde 2021 o consumo de produtos sustentáveis dobrou no Brasil. A pesquisa mostra ainda que 91% dos brasileiros se preocupam com a situação ambiental. 

 

Por que então, mesmo com um cenário favorável às práticas de sustentabilidade corporativa, o mercado sergipano ainda se mostra tão resistente? Para a consultora ambiental, Gabriela Almeida, essa resistência é natural visto que envolve mudanças de comportamento que impactam diretamente na forma de condução do negócio. “A maior resistência ao processo de sustentabilidade corporativa está na consciência e na capacidade de compreensão dos benefícios e vantagens”, explica. 

 

Gabriela Almeida destaca que a demora para estabelecer um relacionamento mais saudável entre as empresas e o meio ambiente gera impactos ambientais e econômicos. "Muitas empresas, inclusive multinacionais, exigem certificados que comprovem práticas sustentáveis na hora de fechar um negócio. E os consumidores também estão cada vez mais atentos à responsabilidade socioambiental das marcas que consomem. No que se refere ao meio ambiente temos que ter consciência que quanto mais tarde aderirmos às ferramentas da sustentabilidade, mais escassos ficarão nossos recursos naturais e os bens não-renováveis da natureza e mais gastos e despesas teremos em busca do novo”, esclarece. 


 

Conscientização e governança socioambiental

 

Um dos grandes desafios do mundo dos negócios atualmente é avaliar o impacto da sua empresa e traçar estratégias economicamente sustentáveis que permitam crescimento e uma relação mais saudável com o entorno.

 

Para quem está querendo começar a aplicar a sustentabilidade corporativa, a consultora ambiental, Gabriela Almeida, destaca a importância de ter apoio de um profissional especializado durante o processo. “Para que a governança ambiental seja eficiente e os resultados possam ser mensurados rapidamente, é necessário ter o auxílio de um profissional, ou de uma equipe, capacitado, já que é ele quem vai conseguir apresentar as melhores soluções para cada ramo e porte de empresa, a partir de estudos técnicos em consonância com tendências e diretrizes ambientais”, explica. 

 

“Vale ressaltar que sustentabilidade corporativa não está ligada apenas a preservação da natureza, mas também envolve práticas que promovam o bem-estar dos colaboradores e da sociedade, como, por exemplo, vagas inclusivas, salários igualitários e outras ações que promovam igualdade e inclusão”, conclui Gabriela Almeida.

 

 

Imagem: Freepik